segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

DO BÁSICO VIVEM OS BESTAS (da série, TEXTOS DE SEGUNDA)



Básico - UFSC




Você quer uma história, não quer meu bem?

Não me prontificava a escrever nada de novo já fazia um bom tempo. Nisto estava preso num engarrafamento monstro, de Curitiba para Florianópolis, para passar o réveillon.  Sexta-feira, 30 de dezembro, pensa... Deus e mundo estavam descendo para as praias, como dizem por aqui.
Mexendo na internet para passar o tempo, num site engraçadinho que eu acompanho (http://www.casalsemvergonha.com.br/), achei o concurso: colunista sem vergonha. Basicamente, era escrever um texto sobre Sexo, Amor, Atitude, Listas ou Lifestyle (as categorias do site). Enviar para o pessoal que eles publicariam o texto no site, fariam votação e os colunistas mais bem votados fariam parte da equipe em 2012. Bem, como até eu que sou cético acho que ano novo temos de mudar em algo, ajudado pela galera do pedágio que não se entendia e o trânsito que não fluía, resolvi tentar. Isso aos 45 do segundo tempo, pois diziam as regras, o texto deveria ser enviado para que avaliassem e publicassem em 2011, ou seja, daqui a um pouco mais de 24h.
No fim, nem sei se fui avaliado ou não. Meu texto não entrou para concorrer, mas relembrei ali que escrever é algo que me dá prazer. Passatempo, relaxa... A estética das letras preenchendo a tela branca, construção de frases, de idéias... Vai dizer que não é legal? Um dia ainda escrevo um livro. Só não resolvi ainda, se antes não deveria vir a árvore ou o filho.
Bem, para não desperdiçar o texto, segue o que foi enviado para apreciação:
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Categoria: Atitude
Título: Do básico vivem os bestas

Hehe.

“Sei o básico.” _ Esta é uma resposta comum quando a pergunta gira em torno do nível do conhecimento sexual. Mas afinal, qual é o básico? Eu não sei. Imagino que você também não. Creio que nem quem se proclamou conhecedor do básico, saiba realmente seu significado e seus limites.

Muitos falharam conosco. Pais, escola, amigos e nós mesmos. Há a educação formal, aquela dos livros e existe também a educação informal, aquela da rua, das experiências... Já o sexo, incluindo aí: a conquista para se ter sexo, o ato sexual em si e como manter o sexo em sua rotina; parece ser um assunto que não se encaixa em nenhuma categoria. É algo freestyle, um conhecimento que não se difunde, não se perpetua e por isto os mesmos erros são repetidos por muitos. Daqui a n anos, é bem provável que outra geração esteja discutindo os mesmos conflitos, as mesmas dúvidas... Manchetes holográficas de 2050: “Tamanho realmente importa? – revista playman”; “Ele não mandou um holograma no dia seguinte? – revista lua nova”; "Como fugir da frase: Vamos ser só amigos. – revista beta".

Há, obviamente, livros sobre o assunto, mas em geral caem na mera descrição biológica ou no marasmo da auto-ajuda. Há revistas que prometem a revolução sexual na sua cama a cada nova edição, com malabarismos e dicas tão confiáveis quanto um silicone francês.

Viver não é fácil. Nascemos, crescemos, estudamos, machucamos, sofremos... Ser humano dá trabalho. Estranho, então, pensar que seu conhecimento e desempenho sexual melhorará assim, naturalmente. Sem esforço. Com você sentado numa cadeira.

Sexo é um assunto polêmico, dinâmico e instigante. Quando achamos algumas respostas, mudam-se as perguntas. Então, melhor começar logo. Já que você entrou neste blog, curiosidade já mostrou. Aproveite que temos aqui uma plataforma com pessoas interessantes, democrática e que não transmite DSTs.

Yoni massagem, beijo grego, ménage, ciúme, relacionamento aberto... São os assuntos da pauta. Menos hipocrisia, menos orgulho, menos vergonha e mais busca de informação no ano que se inicia. Na melhor filosofia googleana, a ferramenta é nossa, mas a procura é sua. Teoria e prática.

Assim se um dia lhe perguntarem o que você sabe sobre sexo, poderá fugir do “Básico” e responder um “Muito”, seguido de uma risada maliciosa.

Hehe. 

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